Estudo de Mutações Causadoras da Cardiomiopatia Hipertrófica em um Grupo de Pacientes no Espírito Santo

Nome: JULIA DAHER CARNEIRO MARSIGLIA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/03/2009

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALOIR QUEIROZ DE ARAUJO SOBRINHO Orientador
EDMUNDO ARTEAGA FERNÁNDEZ Examinador Externo
FLAVIA DE PAULA (M/D) Examinador Interno
MARIA DO CARMO PIMENTEL BATITUCCI Coorientador

Resumo: A cardiomiopatia hipertrófica (CH) é a doença cardíaca hereditária mais frequente, causada por mutações em genes codificadores de proteínas do sarcômero. Embora mais de 430 mutações já tenham sido completamente identificadas em vários continentes e países, não há relato de que isso tenha ocorrido no Brasil. O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo genético para identificação de mutações gênicas causadoras de cardiomiopatia hipertrófica em um grupo de pacientes moradores no Espírito Santo. Através da técnica de SSCP, foram estudados 12 exons dos três principais genes envolvidos com CH: exons 15, 20, 21, 22 e 23 do gene da cadeia pesada da β-miosina (MYH7), exons 7, 16, 18, 22 e 24 do gene da proteína C de ligação da miosina (MYBPC3) e exons 8 e 9 do gene da troponina T (TNNT2), e os fragmentos alterados foram sequenciados. Juntos, os exons estudados estão envolvidos em 139 das 441 mutações descritas para todos os genes, pouco mais de 31%. Um total de 16 alterações foram encontradas, incluindo duas mutações, uma delas possivelmente patogênica no gene MYBPC3 (p. Glu441Lys) e a outra patogênica já descrita no gene TNNT2 (p.Arg92Trp), 8 variações raras de sequência e 6 variações de sequência com freqüência alélica maior que 1% (polimorfismo). Com os dados obtidos no estudo foi possível concluir que a genotipagem de pacientes com CH é exequível em nosso meio. É possível que a alteração p.Glu441Lys no exon 16 do gene MYBPC3 isoladamente seja patogênica, promovendo um fenótipo menos grave do que quando associada a outra mutação. Além disso, observamos que a mutação p.Arg92Trp no exon 9 do gene TNNT2 não promove um fenótipo tão homogêneo quanto descrito anteriormente e que ela pode levar a uma hipertrofia severa. De acordo com os dados disponíveis na literatura, trata-se da primeira vez em que uma mutação causadora de CH é identificada no Brasil.

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