Polimorfismos no gene da Adiponectina como biomarcadores de transtorno neurocognitivo em idosos

Nome: KAROLINY GOMES QUIRINO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/03/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FLAVIA IMBROISI VALLE ERRERA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FLAVIA DE PAULA (M/D) Examinador Interno
FLAVIA IMBROISI VALLE ERRERA Orientador
GREICIANE GABURRO PANETO Examinador Interno
MICHEL SATYA NASLAVSKY Examinador Externo

Resumo: POLIMORFISMOS NO GENE DA ADIPONECTINA COMO BIOMARCADORES DE TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO EM IDOSOS. 2021. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) – Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, UFES, Espírito Santo. Brasil.
A Adiponectina (ADPN), expressa pelo gene ADIPOQ é uma das adipocinas mais abundantes no organismo, sendo um hormônio proteico que modula vários processos metabólicos dentre eles a regulação da glicemia. Possui função anti- inflamatória e antioxidante. Atua na sensibilização à insulina, sendo um dos fatores protetores para algumas doenças como obesidade, diabetes e síndrome metabólica, nas quais a inflamação é um dos eventos centrais. Evidências recentes sugerem que baixos níveis plasmáticos de ADPN podem levar ao desenvolvimento do Transtorno Neurocognitivo (TNC) e à demência, sua forma grave, por meio da neuroinflamação, obesidade e ou resistência à insulina. Sua ação, recém descoberta, nas zonas neurais sugerem potenciais benefícios para a memória e a plasticidade sináptica, sendo considerada recentemente um potencial tratamento para o TNC. Assim, a hipótese é que os SNPs no gene ADIPOQ estão associados ao desenvolvimento de TNC e de sua forma mais grave, a demência, portanto, são bons biomarcadores genéticos de risco de TNC. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi verificar se os polimorfismos estão associados com TNC/demência, parâmetros antropométricos, bioquímicos e clínicos. Foram selecionados 1118 participantes do estudo SABE (Saúde, Bem- Estar e Envelhecimento), com dados completos sobre idade, sexo, exames bioquímicos, antropometria, diabetes tipo 2, acidente vascular encefálico e Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Os pacientes que pontuaram abaixo da linha de corte (13) do MEEM foram considerados portadores de TNC (N=144) e destes, foram considerados portadores de TNC Maior os que pontuaram acima do ponto de corte (5) no Questionário de Pffefer para Atividades Funcionais (N=111) e abaixo considerados portadores de TNC Leve (N=33). Os SNPs rs17300539 (11391G>A); rs 266729 (11377C>G); rs 2241766 (45T>G) e rs 1501299 (276G>T) do gene ADIPOQ foram avaliados em estudo de associação.
Do total de participantes 12,9% (N= 144 pacientes) apresentaram TNC, sendo 111 com TNC Maior ou Demência (111/1118 - 10%) e 33 com TNC Leve (33/1118 - 3%). Os SNPs 11377C>G (rs266729 P= 0,021) e o 276G>T (rs1501299 P= 0,016) estão associados com o TNC quando considerada a idade. Associações mais fortes foram relacionadas ao aumento da idade mediante a obesidade para os SNPs 11377C>G (rs266729; P= 0,005), 113910G>A (rs17300539; P= 0,045) e 276G>T (rs1501299 P=0,030). Outras associações foram identificadas. Concluímos que o desenvolvimento do TNC está associado a SNP no gene ADIPOQ e que o TNC possui arquitetura genética relacionada não apenas ao envelhecimento, mas também ao metabolismo.

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