"INVESTIGAÇÃO DE MUTAÇÕES NO GENE LEPRE1 CAUSADORAS DA OSTEOGÊNESE IMPERFEITA EM PACIENTES NO ESPÍRITO SANTO"

Nome: CLARA FERNANDA BARBIRATO FURTADO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/06/2010
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FLAVIA DE PAULA (M/D) Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FLAVIA DE PAULA (M/D) Orientador
FLAVIA IMBROISI VALLE ERRERA Orientador
MARIA DO CARMO PIMENTEL BATITUCCI Examinador Interno

Resumo: A Osteogênese Imperfeita (OI) é uma doença genética que apresenta quadro clínico heterogêneo. Fragilidade óssea, deformidade dos ossos longos, fraturas recorrentes e baixa estatura são as características mais comuns observadas nos pacientes. Tradicionalmente, a OI é classificada nos tipos I (branda), II (letal), III (grave) e IV (moderada), mas novas classificações incluem os tipos V, VI, VII e VIII. A maioria dos pacientes apresenta mutações nos genes COL1A1 ou COL1A2, que codificam as cadeias formadoras do colágeno tipo I, uma das proteínas estruturais mais importantes dos ossos, da pele e dos tendões. Entretanto, é crescente na literatura o número de casos de OI com padrão de herança autossômico recessivo resultantes de mutações no gene LEPRE1. Este gene codifica a proteína P3H1 (prolil-3-hidroxilase 1) que faz parte de uma família de proteínas que catalisam modificações pós-traducionais específicas do colágeno no retículo endoplasmático. A relação entre genótipo e fenótipo em OI ainda não é completamente compreendida. Sabe-se que, em geral, defeitos qualitativos são mais graves que defeitos quantitativos. Assim, as formas mais graves de OI parecem ser causadas por mutações que provocam defeitos qualitativos, como substituições de glicina, perda de exons, rearranjos, deleções e inserções, resultando na produção de moléculas anormais de colágeno tipo I. Objetivando-se caracterizar o padrão de mutações nos 15 exons do gene LEPRE1, foram analisados 33 pacientes com OI não consanguíneos na população do Espírito Santo. Foram detectadas três mutações distintas em três pacientes portadores da forma grave de OI, além de um caso de heterozigose composta em um paciente com a forma leve da doença. Oito polimorfismos foram encontrados entre pacientes e controles normais. Com isso, foi possível verificar que o gene LEPRE1 é bastante variável e que alterações encontradas neste trabalho podem ser as responsáveis pela OI nos pacientes. Os resultados obtidos neste trabalho fornecem mais informações sobre os aspectos genéticos da OI, que ainda não são completamente elucidados.

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