BIOMARCADORES de Diagnóstico Complementar na Doença de Alzheimer: Enfoque em Genes Que Participam da Formação da Placa Beta-amiloide,via do Folato e Geração de Estresse Oxidativo

Nome: DANIELA CAMPOREZ
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 06/06/2018
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
FLAVIA DE PAULA (M/D) Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
MARIA DO CARMO PIMENTEL BATITUCCI Coorientador
FLAVIA IMBROISI VALLE ERRERA Examinador Externo
RENATO LIRIO MORELATO Examinador Externo
SANDRA LÚCIA VENTORIN VON ZEIDLER Examinador Interno
SONIA ALVES GOUVEA Examinador Interno

Páginas

Resumo: A doença de Alzheimer (DA), é o tipo mais comum de demência relacionada a idade. É uma doença neurodegenerativa crônica, grave, progressiva, associada à perda de memória e cognição, que pode levar à morte. O maior fator de risco para o desenvolvimento da doença é a idade avançada, com uma complexa interação de fatores ambientais e genéticos que juntos podem aumentar a incidência da doença. Ainda que sua causa seja desconhecida, os fatores genéticos e o estresse oxidativo desempenham um papel importante na patogênese da DA. Neste estudo de associação nós investigamos se polimorfismos nos genes APOE (rs429358 e rs7412), FOXO3 (rs2802292), MTHFD1L (rs11754661), SERPINA3 (rs4934), SIRT1 (rs2273773) e SOD2 (rs4880) e fatores ambientais como: nível educacional, etnia e gênero estão associados com risco para a DA em uma amostra de 332 indivíduos idosos do sudeste brasileiro (109 pacientes com diagnóstico provável de DA e 223 controles - idosos saudáveis pareados por idade e gênero). Os polimorfismos genéticos foram analisados por meio da reação em cadeia da polimerase em tempo real (PCR-RT). Na nossa amostra o polimorfismo do gene APOE mostrou estar altamente associado com a doença, tendo os genótipos Ɛ4Ɛ4 e Ɛ3Ɛ3 demonstrado serem fator de risco e proteção, respectivamente. O genótipo GG do gene MTHFD1L mostrou estar associado com o aumento do risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Já o genótipo GG e AG do gene SERPINA3 demonstraram ser fatores de proteção e risco, respectivamente. O genótipo TT e CT do gene SIRT1 também mostraram correlação com a doença. O nível educacional mostrou estar associado positivamente para os indivíduos do grupo controle que tiveram uma educação formal por mais de quatro anos. Os polimorfismos FOXO3 e SOD2 não demonstraram estar associados com a amostra e a doença em questão. Nossos resultados corroboram outras pesquisas, que demonstram que a etiologia da DA pode estar envolvida com alterações na via do folato,
com o aumento do estresse oxidativo nas células do sistema nervoso central, além de apoiar a participação de proteínas formadoras das placas beta-amiloides na patologia da DA. Esses resultados podem ser úteis na busca de biomarcadores genéticos precoces capazes de identificar os sintomas do surgimento da demência, e fornecer novos dados para terapias no futuro, ajudando no entendimento deste distúrbio. Além disso, reforçam a hipótese de que diversos genes estão envolvidos na etiologia da DA, uma condição caracterizada também por instabilidade genômica e estresse oxidativo elevados, que podem contribuir significativamente para a degeneração neurológica observada nos pacientes.

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