DESENVOLVIMENTO DE CORAÇÃO BIOARTIFICIAL A PARTIR DE ARCABOUÇO DE MATRIZ EXTRACELULAR DESCELULARIZADA ENRIQUECIDA COM FIBRONECTINA PLASMÁTICA HUMANA

Nome: GABRIEL HENRIQUE TAUFNER
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 27/02/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
BRENO VALENTIM NOGUEIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADILSON RIBEIRO PRADO Examinador Externo
BRENO VALENTIM NOGUEIRA Orientador
CAMILO ARTURO RODRIGUEZ DIAZ Examinador Externo
JAIRO PINTO DE OLIVEIRA Examinador Interno
MARCELO PERIM BALDO Examinador Externo

Resumo: A reconstrução de órgãos complexos após a descelularização apresenta como maior desafio a entrega, adesão, proliferação e diferenciação de células. Para ter êxito no processo é preciso mimetizar ao máximo o microambiente in vivo. É sabido que a descelularização é capaz de remover biomoléculas importantes na morfofisiologia do órgão, tal qual os glicosaminoglicanos e glicoproteínas como a fibronectina. A fibronectina remanescente na matriz extracelular após o processo de descelularização pode não ser suficiente para promover de maneira satisfatória o processo de reconstrução tecidual, principalmente se o arcabouço se encontrar em estágio adulto de desenvolvimento, onde sabidamente a composição da referida glicoproteína é reduzida. Em nosso estudo obtivemos arcabouço descelularizados para investigar a influência da fibronectina plasmática humana na reconstrução do coração de camundongo adulto. Demonstramos que os arcabouços descelularizados se apresentaram consideravelmente preservados no que tange a sua composição biomolecular matrissomal. Ressaltamos a manutenção da molécula de hidroxiprolina, encontrada em concentração de 5.509 ± 818,13 vs. 4.881 ± 1.487 μg/peso seco total em órgão adulto descelularizado e controle respectivamente. Em relação aos arcabouços descelularizados neonatais, observamos a manutenção da hidroxiprolina quando comparado ao seu controle nativo (330,5 ± 17,60 vs. 273,9 ± 12,30 μg/peso seco total). Além das biomoléculas matrissomais, ressaltamos a notável redução de DNA (83,63% e 93% em neonatal e adulto respectivamente) e SDS residual (33,92% e 96,44% em neonatal e adulto respectivamente), interferentes do processo de reconstrução. Investigamos a utilização de abordagem analítica não destrutiva para tecidos descelularizados: a espectroscopia Raman, cujos resultados corroboraram as análises espectrofotométricas de biomoléculas matrissomais. Estabelecemos estratégia eficaz para recomposição da fibronectina em arcabouço descelularizados adultos, entretanto, constatamos que apesar do sucesso na recomposição da glicoproteína, não encontramos significância estatística após a reconstrução dos 7 órgãos a partir de células da linhagem H9c2. Diante deste último achado, sugerimos estudos adicionais capazes de investigar outras classes de fibronectina. Além disso, também é necessário investigar populações celulares além da linhagem H9c2.

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